SÉRIE ESPECIAL: BLOGS ESPORTIVOS
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Fã-clube também é blog Arquivo pessoal
 Taty e o ídolo Lugano na porta do CT são-paulino
A são-paulina Taty Rodrigues, 26, tem saudades de um forasteiro que marcou história no Morumbi: Diego Lugano, o zagueiro campeão do mundo pelo São Paulo em 2005.
Taty conta que é fã do uruguaio desde sua chegada ao Tricolor, no começo de 2003. Quando teve seu primeiro contato com Lugano, no CT do São Paulo, ela ficou ainda mais deslumbrada e resolveu criar um blog dedicado exclusivamente ao zagueiro.
“Sou são-paulina desde criança. Meu pai sempre me levou aos estádios. Lugano é o meu ídolo. É um ótimo jogador, que sempre deu muita garra pelo São Paulo”, elogia.
Em agosto de 2006, Lugano acabou vendido para o Fenerbahçe, da Turquia. Nem por isso Taty deixou de acompanhar o ídolo. Para driblar os obstáculos da língua turca, e manter o blog sempre atualizado, a blogueira conta com uma mãozinha especial.
“Tenho que acompanhar os sites do Campeonato Turco para não perder nenhuma notícia sobre o Lugano. A língua dificulta bastante o trabalho. Mas o Samet me ajuda muito nesse aspecto”.
Samet Guzel, 22, é o intérprete de Zico e dos jogadores brasileiros na Turquia. Além dele, Taty recebe ajuda do próprio Lugano para alimentar o blog.
“O Lugano sabe do blog. É o único que tem a aprovação dele. Sempre que pode, ele mesmo me passa algumas informações. Consigo fotos com o fã-clube dele e nos sites turcos. O próprio Samet e o Mehmetali, tradutor do site oficial do Fenerbahçe em português, também me enviam muito material”, revela.
Entre a admiração pelo ídolo e o amor pelo São Paulo, Taty fica meio dividida, mas não esconde sua preferência:
“O Lugano é um ídolo. Aonde for, estarei sempre torcendo por ele, independente do clube. Já o São Paulo é algo que trago comigo desde criança. Sempre serei são-paulina. Se um dia o Lugano jogar contra o Tricolor, torço pelo meu time, mas esperando, também, que o meu ídolo faça um bom jogo”.
MELHOR DO MUNDO Reuters

Outro ídolo da torcida tricolor que virou tema de blog é o meia-atacante Kaká, eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, no ano passado.
Quem homenageia o craque é Érika Lima, 19, no blog Kaká e Carol World, criado em março de 2006. Para quem não sabe, Carol é a esposa do astro do Milan.
Érika explica que a admiração por Kaká surgiu logo quando ele foi lançado ao time principal do Tricolor paulista, em 2001, na final do Torneio Rio-São Paulo, contra o Botafogo.
Ainda franzino, recém-saído das categorias de base, Kaká entrou no segundo tempo, marcou dois gols e virou o placar para o São Paulo. Título inédito para a sala de troféus do Morumbi. E Érika vira ali, naquele menino de apenas 18 anos, um novo ídolo do futebol.
Moradora de Itu, interior de São Paulo, ela não teve a oportunidade de conhecer Kaká quando ele ainda jogava no Brasil. Chegar perto do ídolo e bater um papinho é um sonho que ela pretende realizar logo, logo.
“Tenho contato com parentes do Kaká e eles me passam fotos e novidades. Ele e a esposa sabem do blog e até já comentaram por lá. Falo sempre com a Carol por e-mail. Entre um jogo do São Paulo no camarote e conhecer o Kaká, ficaria em dúvida. Mas, como fã, iria ver o ídolo”, assume.
- Postado por: Breiller Pires às 01h37
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SÉRIE ESPECIAL: BLOGS ESPORTIVOS
Amor à camisa em
pauta

Torcedores utilizam os blogs para alimentar a paixão por
seus times
O publicitário Arthur Muhlenberg, 43, é só mais um exemplar da
espécie flamenguista do planeta. Como outros milhões de torcedores, ele é
apaixonado pelo Rubro-Negro carioca e se lembra com saudosismo do gol de
Rondinelli que levou o título estadual para a Gávea em
1978.
Mas Arthur não é apenas mais um simples rubro-negro. Ele é quem
edita o Blog do Torcedor flamenguista, o Urublog, no site do
Globoesporte.com, função que o transforma quase em uma celebridade
virtual.
Ele já tem comunidade no Orkut, participa de
programas especiais na FlaTV e recebe centenas de comentários dia-a-dia no blog.
Gente que apóia, que critica e que, inclusive, torce por times
adversários.
“Tem de tudo no Urublog. Alguns elogiam, outros discordam e outros
‘detonam’ geral. A arco-íris [como os flamenguistas chamam torcedores dos outros
clubes cariocas] já me fez várias ameaças, mas acho que isso faz parte, já que o
estilo do blog é provocativo”.
“Toda vez que tiro onda com uma torcida adversária, os ‘zoados’
vão lá no blog contestar”, acrescenta.
Antes do Urublog, Arthur havia tentado emplacar outros espaços na
rede falando sobre o Mengão e já colaborava com sites e blogs rubro-negros. O
que fez mais sucesso, o blog da Flamengonet, em que o publicitário
posta até hoje, junto com outros torcedores, rendeu uma oportunidade no
Globoesporte.com.
No ano passado, ele foi convidado pela equipe do site a substituir
o antigo editor do Blog do Torcedor flamenguista, Márcio Junot, que não pôde
continuar devido a compromissos profissionais. Arthur enviou alguns textos
publicados no Flamengonet e acabou sendo efetivado como representante dos
flamenguistas no portal.
Arthur conta que nem sempre é fácil pensar em assuntos que
interessem ao torcedor e, ao mesmo tempo, não repitam a pauta diária dos grandes
jornais. Um desafio constante, que o publicitário encara com
prazer.
“Gosto
muito de fazer o blog. Muitas vezes, escrever o post é a coisa mais divertida da
jornada diária”, afirma.
O blogueiro credita boa parte do sucesso do blog à nação
rubro-negra, que, segundo ele, está sempre marcando presença por lá. Porém, não
são apenas os flamenguistas que movimentam o Urublog:
“Ter a maior torcida do país conta muito para a projeção do blog,
mas não posso deixar de considerar a grande freqüência dos nossos ‘fregueses’, o
que certamente levanta a audiência. Sou grato a eles”,
ironiza.
SANTA PAIXÃO Arquivo
pessoal
 "O blog é mais uma cachaça, um
vício": a equipe do Santinha reunida para a tradicional resenha. Até o Coronel
Peçonha participa da prosa.
Idealizado pelos jornalistas Inácio França e Samarone Lima, em
agosto de 2005, o Blog do Santinha é uma verdadeira
febre entre os torcedores do Santa Cruz. A média de comentários em cada artigo
publicado chega a 100. O blog conta diariamente com cerca de 2000
visitas. Um fenômeno do Nordeste.
Além de Inácio e Samarone, o Santinha conta, ainda, com uma equipe
diversificada de colunistas: o designer Anízio, os funcionários públicos Dimas e
Gerrá, e um blogueiro oculto, que atende pelo codinome de Coronel
Peçonha.
Para cobrir os jogos do Santa Cruz no estádio do Arruda, cada
integrante tem função e posição bem definidas, como um verdadeiro time de
futebol:
“Anizio, Samarone e eu acompanhamos os jogos nas arquibancadas,
junto do povão. Peçonha é conselheiro e assiste nas sociais, junto com Dimas.
Gerrá, de vez em quando, está nas cadeiras cativas. Essa diversidade nos permite
aproximar das várias opiniões e pontos-de-vista sobre o clube”, conta
Inácio.
Mas a cobertura dos jogos proposta pelo Santinha não tem nada a
ver com as crônicas e resumos da rodada que saem nos jornais esportivos por aí.
O foco do blog está no torcedor coral, nas arquibancadas do
Arruda.
“Na cobertura esportiva tradicional, a torcida aparece como mero
cenário, reles figurante. Já o Santinha é dedicado aos torcedores do Santa Cruz.
Acreditamos que o imaginário do futebol é construído tanto pelas belas jogadas
quanto pela emoção da multidão nas arquibancadas”.
O blog também não poupa críticas às recentes administrações do
clube tricolor. O Santa Cruz não vai bem no Campeonato Pernambucano, já está na
terceira divisão do Brasileiro e a torcedor coral não tem motivos para
comemorar.
“Cansamos de escrever sobre dor, derrotas, sofrimentos e
pernas-de-pau”, desabafam os colunistas do Santinha.
Segundo os idealizadores, o objetivo principal do blog é jogar
junto com a torcida. Por esse motivo, polêmica nunca falta. Já houve até
protesto contra a diretoria sendo organizado pelos torcedores através da página
do Santinha.
Em 2005, quando o Santa Cruz lutava para subir à Primeira Divisão,
o blog divulgou o telefone da casa de um árbitro que teria prejudicado o clube
numa partida contra o Santo André. O episódio repercutiu tanto que virou notícia
até no Zero Hora, de Porto Alegre.
E as polêmicas não pararam por aí. O presidente da FBA, entidade
que dirige a Série B do Campeonato Brasileiro, e ex-presidente do clube
tricolor, José Neves, está processando os autores do Santinha e exige
indenização por danos morais.
Neves afirma que o blog denegriu sua imagem quando ainda era
presidente do Santa Cruz. Os blogueiros se defendem, alegando que as críticas
postadas foram sempre direcionadas ao dirigente, e não à pessoa do ex-presidente
do clube.
Dezenas de blogs saíram em defesa do Santinha. Na página
“Eu defendo o Blog do Santinha”,
criada pelos editores, dezenas de blogueiros se manifestaram contrários à ação
judicial e às supostas ameaças de tirar o blog do ar por parte de José
Neves.
“Entendemos
que a atitude de entrar com processos na Justiça, mais do que no caso
particular, tem sido usada com freqüência para impedir a livre expressão. Além
de indenização por alegados danos morais, Neves pede a desabilitação do blog, o
que, no nosso entender, é censura”, defendem os
editores.
Mesmo com todos os problemas, do Santinha e do Santa Cruz, não
passa pela cabeça dos blogueiros corais a idéia de abandonar o blog.
Persistentes e apaixonados, eles afirmam que escrever, postar e comentar já
virou um hábito tão empolgante quanto o de torcer pelo
Santa:
“O blog é mais uma cachaça, um vício. Muitas vezes, um fardo. Ou
uma missão. Mas, no fim das contas, tem sido proveitoso”.
‘CRUZEIRO’ VIRTUAL
Um é sociólogo. O outro é comerciante. Um é de Belo Horizonte,
outro é de Barbacena (MG). Mas eles também têm coisas em
comum.
Os dois já eram nascidos quando o Cruzeiro bateu o Santos de Pelé
e faturou a Taça Brasil de 1966. Ambos se lembram do gol de Joãozinho, que deu à
equipe celeste seu primeiro título da Libertadores, em
1976.
Mas o que aproxima mesmo esses dois é o fato de serem cruzeirenses
desde pequenos e, hoje, já crescidinhos, manterem um blog sobre essa paixão azul
na internet.
O sociólogo, Jorge Santana, 55, escreve o Páginas Heróicas
Digitais (PHD). O comerciante, Carlos Faria –
Carlão Azul, como é conhecido no blog -, 44, edita o Sou
Cruzeirense. E, entre posts e comentários, os
laços blogueiro e celeste que aproximam os dois se mantêm vivos no meio
virtual.
De
um lado, Jorge, descrevendo, com todo o embasamento sociológico, o episódio em
que o Cruzeiro venceu os dois jogos da final da Taça Brasil de 66, contra o
poderoso Santos do Rei Pelé.
“Aquele título pôs as revoluções inglesa, francesa, americana e
russa no chinelo em termos de transformação social. Como nada interessa mais à
humanidade do que o futebol, aquela, sim, foi a maior revolução de todos os
tempos. Foi épico”.
Do
outro, Carlão, como quem relembra um jogo que foi ontem, comentando a emoção da
conquista do tricampeonato da Copa do Brasil, em 2001, sobre o São
Paulo.
“A cena que o Müller protagonizou quando parecia estar prevendo que
faríamos o gol e seríamos campeões foi emocionante. Aquilo não me sai da cabeça,
definitivamente”.
Juntos, porém em endereços eletrônicos diferentes, e com olhares
distintos sobre o futebol, os dois cruzeirenses vão escrevendo páginas e páginas
sobre a Raposa e sua história.
Blogueiros amadores, torcedores celestes de carteirinha, eles, por
enquanto, não têm planos ambiciosos para o futuro. Jorge prefere pensar na
família e numa certa ‘dívida’ que ainda pretende pagar ao elenco do Cruzeiro de
66.
“Não há comparação possível na história da civilização com aquele
time. Meus filhos, Pedro e Eduardo, receberam seus nomes em homenagem a Pedro
Paulo e Tostão. Espero ter ao menos nove netos para fazer justiça a Raul,
William, Procópio, Manoel, Wilson, Dirceu, Natal, Evaldo e Hilton”, projeta o
sociólogo.
Já
Carlão deseja tocar o blog à frente por um bom tempo. Não pensa em parar tão
cedo. Ou, pelo menos, enquanto a ‘patroa’ não der um
ultimato.
“Considero
o blog como um dos meus filhos. Quando tenho algum problema mais sério, como
perda de arquivos, fico num mau humor que só vendo. Minha esposa até reclama.
Por outro lado, quando percebo aumento nos acessos, por exemplo, é uma alegria
só”.
- Postado por: Breiller Pires às 00h58
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Um toque feminino
Arquivo pessoal
 Enquanto o futebol feminino tenta conquistar seu
espaço no Brasil, as mulheres já têm lugar cativo na blogosfera
esportiva
Ela é jornalista, baiana arretada e veste rosa. Ama futebol,
apresenta um programa esportivo na Rádio Gospel FM, de Salvador, e é conhecida
como a Pantera cor-de-rosa do Nordeste.
Ela é Suleima Senna, 24, mais que um rostinho bonito em meio aos
marmanjos do futebol. Além do trabalho na rádio, a jornalista mantém o Futebol
Cor-de-rosa, um blog com notícias e análises do
futebol baiano.
O
espaço surgiu há um ano, quando ela viajava pela Itália. Suleima sentiu que,
mesmo de férias e longe de casa, precisava manter seu público informado. De lá
mesmo ela criou o blog e começou a postar.
A baiana confessa que o blog já é parte inseparável da sua vida
profissional e que o escreve com muito carinho em meio à correria
diária.
“É muito difícil manter o blog atualizado, por conta da vida
corrida do jornalismo esportivo. Mas tenho tanto chamego com ele que até levei a
idéia para o rádio. O nome do meu novo programa é Futebol cor-de-rosa”,
conta.
Arquivo pessoal
 Suleima não desgruda do blog nem quando está apresentando o programa no
rádio
Já a preferência pelo rosa ela garante que vem de infância. Desde
pequena, é a sua cor favorita. Depois que começou a trabalhar no meio do
futebol, Suleima passou a valorizar a cor como marca registrada. Segundo ela, o
rosa serve para marcar a presença feminina numa área ainda dominada pelos
homens.
Ela revela, também, que não é fácil para uma mulher conseguir
respeito na imprensa esportiva. Seja no blog, seja no rádio, a Pantera
Cor-de-rosa tem de mostrar as garras para garantir seu
espaço.
“Ainda temos uma cultura bastante conservadora e machista,
principalmente aqui na Bahia e no Nordeste em geral. Tenho muita esperança que
isso acabe um dia, e que as mulheres tenham mais espaço na imprensa
esportiva”.
“Para se ter uma idéia, sou a primeira e única mulher setorista e
comentarista do estado. Também sou a primeira a comandar uma resenha esportiva
aqui na Bahia. O espaço é muito restrito para a mulher”,
acrescenta.
Hoje em dia, a jornalista já não vê tanto preconceito, pelo menos
por parte de jogadores, técnicos e dirigentes. De acordo com Suleima, eles já
conhecem seu trabalho e a maioria age com respeito e
profissionalismo.
Para
ser respeitada, no entanto, ela não precisa deixar o salto em casa nem esconder
o batom – cor-de-rosa, claro – no fundo da bolsa. “As mulheres podem ser
vaidosas e, ao mesmo tempo, entenderem de futebol. Não há necessidade de se
masculinizar para ser aceita”, ressalta.
Como boa ariana, Suleima revela ainda que a intuição feminina
ajuda bastante em sua profissão. No campo de futebol, “lugar de macho, cabra da
peste”, a jornalista baiana prova que um pouco de sensibilidade não faz mal a
ninguém.
“As pessoas acham que mulher tem mais dificuldade nessa área do
jornalismo esportivo, mas não é bem assim. Aliás, pelo contrário. Já consegui
dar muito furo seguindo a minha intuição. Não sei se é necessariamente feminina,
porém, me ajuda bastante”.
CIRCUITO
INTERNACIONAL Car
Place

Se muitos pensam que futebol é coisa pra homem, que dirá a Fórmula
1. Pilotos, mecânicos, engenheiros e nenhuma mulher sequer para contar história.
Mas sobre automobilismo, a carioca Priscilla Bar, 25, tem muita coisa a
dizer.
Apaixonada por Fórmula 1 desde criancinha, ela não se esquece do
ídolo Ayrton Senna. Foi o piloto brasileiro, por sinal, quem despertou sua
paixão pela velocidade.
Hoje, morando nas Ilhas Canárias, na Espanha, Priscilla tem um
novo ídolo: Fernando Alonso. Para falar de Senna, Alonso e companhia, ela
resolveu criar o Guard Rail, um blog só de Fórmula
1. Motivação é o que não falta para mantê-lo
atualizado.
“Sempre gostei de dar pitaco e não só em F1, não! Adoro esportes.
A motivação para postar, então, vem de dentro mesmo. Vontade de falar e
comentar, contar o que penso. Se passo um dia sequer sem dar uma passadinha pelo
blog, Deus do céu... Morro!”, brinca.
Quando o assunto são as comparações entre Senna e Alonso, a
blogueira não fica em cima do muro:
“Semelhanças com o Senna? Talvez. A forma como manejam as coisas
fora das pistas e, talvez, algo dentro delas também. Mas digo sempre: Senna é
Senna, por muito que tentem comparar”.
Mas fato é que, vivendo na Espanha, terra natal de Fernando
Alonso, Priscilla já incorporou um pouco do espírito da “alonsomania”. Ela conta
que o piloto bicampeão mundial é um verdadeiro herói em território espanhol e
que por onde passa desperta polêmica, inclusive no Guard
Rail.
“Alonso é um fenômeno de audiência, de vendas, de tudo. Foi o cara
que pôs o país lá em cima na F1. Claro, há quem não goste, também. Mas o lance
com ele é esse mesmo: ou você ama ou você odeia. A maioria aqui é partidária
dele”.
“Certa vez, ‘puxei a sardinha’ para o lado dele em um post no
blog. O texto acabou despertando os ânimos do pessoal e causou alguma polêmica
no Guard Rail. Não me considero uma ‘alonsomaníaca’, mas sou Alonso desde 2005”,
revela.
Em relação a preconceito, por tratar de uma modalidade tão
específica e dominada pela figura masculina, Priscilla não tem muito do que
reclamar. Para ela, os homens acabam tendo de ouvir sua opinião sobre F1,
inclusive dentro da própria casa.
“Em rodinhas de amigos é difícil opinar no início, ainda mais
quando você discorda deles. Mas, graças a Deus, pouco a pouco, eles vão
aceitando. Hoje em dia, até meu marido me pergunta as coisas sobre F1 para ter
argumento nas conversas com os amigos. Isso é bacana”, conta,
orgulhosa.
CHÁ DAS CINCO
Divulgação

Gabriella Pacheco, 21, não gosta apenas de futebol. Ela gosta é da
Liga Inglesa e não perde um jogo do campeonato local, ainda mais se o Manchester
United estiver em campo.
Estudante de jornalismo, Gabriella resolveu criar um blog para
falar especialmente sobre o futebol inglês: Premier League
made in Brazil. Como é fã do futebol da terra da
Rainha já faz algum tempo, postar, para ela, não é nenhum
sacrifício.
“Temporada passada eu segui os jogos quase que religiosamente.
Daí, pensei que poderia unir meu conhecimento em jornalismo ao gosto pela
Premier League e criar o blog. Deu certo e estou gostando do resultado”,
diz.
Quando a pergunta é “por que o futebol inglês?”, argumento, para
Gabriella, é o que não falta:
“Sempre tive muita simpatia pela Inglaterra, por motivos que nada
tem a ver com futebol. Mas isso me levou a acompanhar a seleção e, a partir daí,
também o campeonato. Acabei me apaixonando pelo futebol inglês. Por um time em
particular, também. Morro de amores pelo Manchester
United”.
Como uma nata red devil
– como é conhecido o torcedor do Manchester -, Gabriella segue feliz com Alex
Ferguson e seus comandados, que mantém a ponta do Campeonato Inglês e continuam
vivos na Liga dos Campeões.
Ela fica feliz, também, quando a ala masculina reconhece sua
competência para tratar de futebol inglês. “Ao ler meu blog, os homens ficam
surpresos. Sinto que é sempre positivo e que há um respeito da parte deles”,
comenta.
Fato
é que, para Gabriella, o blog representa bem mais que um simples espaço para
reconhecimento e elogios:
“O
blog é o espaço para falar sobre o que eu amo. Independente do que for, viver
nossas paixões é sempre bom. Além do mais, é gratificante saber que ajudo um
pouco os outros a conhecerem melhor um campeonato tão
interessante”.
- Postado por: Breiller Pires às 00h52
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